Canário-da-terra-verdadeiro (Sicalis
flaveola brasiliensis)
O
canário-da-terra-verdadeiro, conhecido também como canário-da-horta,
canário-da-telha (Santa Catarina), canário-do-campo, chapinha (Minas Gerais),
canário-do-chão (Bahia), coroinha, canário-da-terra e cabeça-de-fogo, é uma ave
admirada pelo canto forte e estalado e por isso é frequentemente
aprisionada como ave de cativeiro (está entre as 10 mais apreendidas, segundo o
IBAMA) mesmo tal ato sendo considerado crime federal inafiançável pela Lei de Crimes
Ambientais (Lei 9.605/98). Graças a ação das autoridades e da conscientização
da população, registros do canário-da-terra-verdadeiro vêm se tornando mais
freqüentes nos últimos anos.
Seu nome significa:
(grego) sikalis, sukallis or sukalis = pequeno;
(Latim) flaveola, flaveolus diminutivo de flavus =
amarelo; (amarelinho).
Existem 5 espécies sendo 2
brasileiras.
Características
Possui aproximadamente 13,5
centímetros de tamanho e peso médio de 20 gramas. Cor amarelo-olivácea com
estrias enegrecidas nas costas e próximo das pernas. Asas e cauda cinza-oliva.
A íris é negra e o bico tem a parte superior cor de chifre e a inferior é
amarelada. As pernas são rosadas. A fêmea e o jovem tem a parte superior do
corpo olivácea com densa estriação parda por baixo, com as penas e cauda e
tarso quase enegrecidos. Com 4 a 6 meses de idade, os filhotes machos já estão
cantando, e levam cerca de 18 meses para adquirir a plumagem de adulto.
Alimentação
Alimenta-se de sementes no
chão. É uma espécie predominantemente granívora (come sementes). O formato do
bico é eficiente em esmagar e seccionar as sementes, sendo portanto,
considerada predadora e não dispersora de sementes. Ocasionalmente alimenta-se
de insetos. Costuma frequentar comedouros com sementes e quirera de milho.
Reprodução
Faz ninhos cobertos, na
forma de uma cestinha, em lugares que variam desde uma caveira de boi até
bambus perfurados. Freqüentemente utiliza ninhos abandonados de outros
pássaros, sobretudo do joão-de-barro. Pode fazer ninhos em forma de cesta em
plantas epífitas (orquídeas e bromélias), em buracos de telhas e outros locais
que ofereçam proteção. A fêmea põe em média 4 ovos que são chocados por 14 ou
15 dias.
Hábitos
Vive em campos secos, campos
de cultura e caatinga, bordas de matas, áreas de cerrado, campos naturais,
pastagens abandonadas, plantações e jardins gramados, sendo mais numeroso em
regiões áridas.
Costuma ficar em bandos
quando não está em período de acasalamento. Vive em grupos, às vezes de dezenas
de indivíduos. O macho tem um canto de madrugada bem extenso e áspero,
diferente do canto diurno.
O canto de côrte é melodioso
e baixo, acompanhado de um display parecido com uma dança em volta da fêmea.
Distribuição Geográfica
Está presente do Maranhão ao
sul até o Rio Grande do Sul e a oeste até o Mato Grosso, bem como nas ilhas do
litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro. Encontrado localmente também nas
Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Uruguai e
Argentina.
Referências
http://187.52.6.220:8080/EXEC/0/1adxo811a3ckui1a9698j15zdmon
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